A alfabetização na educação infantil é assunto que a muitos anos vem sendo discutido em toda a América Latina e alguns países da Europa. Muitos pesquisadores aprofundaram-se no assunto, mas a polemica sim ou não, continua a assombrar profissionais da área.
Alguns pesquisadores garantem que é inútil fecharmos os olhos para este assunto, uma vez que as crianças desde pequena tem o desejo de ler e escrever, porque vive em uma sociedade letrada e não faz parte de uma sociedade ágrafa. Outros descordam, defendem a idéia de que uma criança com cinco anos, ainda não possui maturidade suficiente e que o mais importante para o seu desenvolvimento é a atividade do brincar.
Na educação infantil a criança precisa e necessita brincar, porque o brincar assume um papel importante na construção do conhecimento e no desenvolvimento infantil, levando a criança a explorar o mundo à sua volta, descobrir e compreender a si mesma e seus sentimentos.
A escrita não ocupa o lugar que deveria realmente ocupar na educação infantil, pois com atividades como a cópia, não estão ensinando a linguagem escrita, mas estão ensinando as crianças a desenhar as letras.
A aquisição da escrita tem um papel fundamental no desenvolvimento cultural e psíquico da pessoa, uma vez que dominar a escrita significa dominar um sistema simbólico extremamente complexo. Para Vygotsky esta aquisição resulta de um longo processo de desenvolvimento das funções do comportamento infantil e chama a atenção ao fato de que ensina-se as crianças a desenhar letras e construir palavras com elas, mas não se ensina a linguagem escrita. As crianças em idade pré-escolar formam esta representação da linguagem escrita, através dos gestos, do desenho e do faz-de-conta. Assim, o brinquedo do faz-de-conta, o desenho e a escrita são momentos diferentes de um processo unificado de desenvolvimento da linguagem escrita, os quais devem ser vividos cada um no seu tempo.
Acredita-se que o ato de escrever deve ser cultivado e não imposto, pois é necessário que as letras se tornem elementos da sua vida, da mesma maneira que a fala.
Experiências mostram que as crianças que chegam na classe alfabetizadora[1] já alfabetizada enfrentam problemas como cansaço, desmotivação, desinteresse, violência para com seus colegas e stress. Tais atitudes privam da criança o tempo de brincar, atropelando assim seu processo de desenvolvimento. O brincar é uma atividade essencial no desenvolvimento infantil. Brincando a criança está formando as bases necessárias para poder futuramente adquirir a linguagem escrita. No entanto, ao forçar uma alfabetização precoce, diminuindo o brincar na educação infantil, estamos interrompendo a formação destas bases.
Algumas escolas assumem o papel da 1ª série na educação infantil. Acredito que se uma entidade escolar acredita em uma alfabetização em crianças de cinco anos, a mesma deve rever seus procedimentos na série seguinte, pois estas estão repetitivas.
A realidade a qual vivemos é de constante transformações, mas precisamos estar atentos a elas, pois necessitamos de uma educação especial a todos.
Alguns pesquisadores garantem que é inútil fecharmos os olhos para este assunto, uma vez que as crianças desde pequena tem o desejo de ler e escrever, porque vive em uma sociedade letrada e não faz parte de uma sociedade ágrafa. Outros descordam, defendem a idéia de que uma criança com cinco anos, ainda não possui maturidade suficiente e que o mais importante para o seu desenvolvimento é a atividade do brincar.
Na educação infantil a criança precisa e necessita brincar, porque o brincar assume um papel importante na construção do conhecimento e no desenvolvimento infantil, levando a criança a explorar o mundo à sua volta, descobrir e compreender a si mesma e seus sentimentos.
A escrita não ocupa o lugar que deveria realmente ocupar na educação infantil, pois com atividades como a cópia, não estão ensinando a linguagem escrita, mas estão ensinando as crianças a desenhar as letras.
A aquisição da escrita tem um papel fundamental no desenvolvimento cultural e psíquico da pessoa, uma vez que dominar a escrita significa dominar um sistema simbólico extremamente complexo. Para Vygotsky esta aquisição resulta de um longo processo de desenvolvimento das funções do comportamento infantil e chama a atenção ao fato de que ensina-se as crianças a desenhar letras e construir palavras com elas, mas não se ensina a linguagem escrita. As crianças em idade pré-escolar formam esta representação da linguagem escrita, através dos gestos, do desenho e do faz-de-conta. Assim, o brinquedo do faz-de-conta, o desenho e a escrita são momentos diferentes de um processo unificado de desenvolvimento da linguagem escrita, os quais devem ser vividos cada um no seu tempo.
Acredita-se que o ato de escrever deve ser cultivado e não imposto, pois é necessário que as letras se tornem elementos da sua vida, da mesma maneira que a fala.
Experiências mostram que as crianças que chegam na classe alfabetizadora[1] já alfabetizada enfrentam problemas como cansaço, desmotivação, desinteresse, violência para com seus colegas e stress. Tais atitudes privam da criança o tempo de brincar, atropelando assim seu processo de desenvolvimento. O brincar é uma atividade essencial no desenvolvimento infantil. Brincando a criança está formando as bases necessárias para poder futuramente adquirir a linguagem escrita. No entanto, ao forçar uma alfabetização precoce, diminuindo o brincar na educação infantil, estamos interrompendo a formação destas bases.
Algumas escolas assumem o papel da 1ª série na educação infantil. Acredito que se uma entidade escolar acredita em uma alfabetização em crianças de cinco anos, a mesma deve rever seus procedimentos na série seguinte, pois estas estão repetitivas.
A realidade a qual vivemos é de constante transformações, mas precisamos estar atentos a elas, pois necessitamos de uma educação especial a todos.
[1] no Brasil chamada de 1ª série do ensino fundamental
Autoria:
Luciane Knüppe
Pedagoga, Especialista em Educação infantil e Mestranda em educação pela PUCRS, Brasil
FONTE: http://www.apagina.pt/?aba=7&cat=127&doc=9688&mid=2
Autoria:
Luciane Knüppe
Pedagoga, Especialista em Educação infantil e Mestranda em educação pela PUCRS, Brasil
FONTE: http://www.apagina.pt/?aba=7&cat=127&doc=9688&mid=2